Imaginar um futuro no qual a tecnologia avançada ainda não seja suficiente para estancar o caos e as mazelas da sociedade é uma das principais marcas do “cyberpunk”, subgênero de ficção científica que surgiu na década de 1980.

As visões de escritores brasileiros sobre esse cenário devem estar na antologia “2084: Mundos Cyberpunks”, que será publicada pela editora Lendari no segundo semestre de 2018.

A editora aceita inscrições de histórias de autores nacionais para avaliação até o dia 30 de abril. As regras e outras instruções podem ser encontradas em edital disponível na página lendari.com.br/mundoscyberpunks.

Segundo a escritora Lidia Zuin, organizadora da antologia, apenas carros voadores em um cenário futurista não sustentam uma boa narrativa “cyberpunk”.

“[Esse subgênero] fala de um futuro próximo e serve também como uma lente para enxergar o mundo. Procuramos histórias que façam refletir e alertem sobre os desdobramentos da tecnologia”, diz Lidia.

Filmes como “Blade Runner” (1982) e Matrix (1999) são exemplos de obras que tratam da temática. Na literatura, “Neuromancer” (editora Aleph), do americano William Gibson, é uma das obras fundadoras do subgênero, que inclusive inspirou a saga “Matrix”.

Para a antologia da Lendari, serão escolhidos 25 contos. Outras cinco histórias de autores convidados também estarão na coletânea.

Entre os convidados está Fábio Kabral, autor de “O Caçador Cibernético da Rua 13” (editora Malê), narrativa lançada no ano passado que junta ficção científica e elementos de história e cultura africana.

Os autores dos contos selecionados deverão pagar uma taxa de R$ 180, equivalente ao preço de dez exemplares do livro com 40% de desconto sobre o preço de capa (R$30). As dez cópias serão entregues ao escritor quando a obra for publicada.

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