Sci-fi blog https://scifi.blogfolha.uol.com.br a ficção científica em notícias e resenhas Wed, 11 Mar 2020 16:13:53 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Ficção científica contemporânea encara a Lua com escapismo e melancolia https://scifi.blogfolha.uol.com.br/2019/07/17/ficcao-cientifica-contemporanea-encara-a-lua-com-escapismo-e-melancolia/ https://scifi.blogfolha.uol.com.br/2019/07/17/ficcao-cientifica-contemporanea-encara-a-lua-com-escapismo-e-melancolia/#respond Wed, 17 Jul 2019 20:03:56 +0000 https://scifi.blogfolha.uol.com.br/files/2019/07/MV5BNjlkNjNjZGMtYTBiZS00MmU1LWE5YmQtMmVjMTQ2YzY5MmQ5XkEyXkFqcGdeQXVyNjUwNzk3NDc@._V1_SX1777_CR001777740_AL_-320x213.jpg https://scifi.blogfolha.uol.com.br/?p=1444 A empolgação do pouso lunar, feito pelos americanos no dia 20 de julho de 1969, desbotou com o tempo. Nas obras contemporâneas de ficção científica que falam sobre o satélite, a exploração dos recursos naturais dali é uma fronteira triste que a humanidade precisa cruzar quase a contragosto para sobreviver.

A conquista da Lua ganhou um novo sentido com a possibilidade de fazer mineração no solo do satélite para extração de materiais que alimentariam a nossa indústria, aqui na Terra. Mais um campo aberto para a interferência humana.

Em “Lunar” (2009), do diretor Duncan Jones, Sam Bell (interpretado pelo ator Sam Rockwell) é um astronauta que vai à Lua para trabalhar com mineração. Isolado, ele chega ao fim de seu contrato de três anos completamente esgotado.

O trabalho de Sam é essencial para a vida na Terra, coletando o Helio 3, elemento que se tornou, nesse futuro, a principal fonte de energia do planeta. Todo o contato que tem com os terráqueos é via mensagens gravadas em vídeo por sua família e enviadas a ele periodicamente.

É nesse momento final de sua jornada de trabalho que a paranoia toma conta de Sam e a paisagem desoladora da Lua vira um cenário de impacto para uma crise existencial, que passa também por uma reflexão sobre a fragilidade da vida dos humanos na Terra. Ao ver o filme, terminamos com uma pergunta: até onde iríamos para mantermos o nosso planeta?

A exploração dos minérios lunares é também tema central em “Artemis”, livro publicado em 2017 por Andy Weir (“Perdido em Marte”), que ganhou uma edição brasileira neste ano. Na história, Jazz é uma moradora de Artemis, cidade fundada na Lua para servir de base às atividades de mineração. Dotada de uma inteligência acima da média, ela faz seus bicos legais e ilegais para juntar dinheiro e ter uma vida mais confortável.

Apesar de indicar um futuro com mais tecnologia, o livro acrescenta uma pitada cyberpunk, mostrando que a distribuição dessas inovações e as melhorias na qualidade de vida não são para todos. Jazz, por exemplo, vive em um cubículo onde mal consegue ficar de pé, os banhos são trabalhosos e escassos, e a alimentação é precária.

Os ricos que vivem ali e os turistas milionários que podem passar temporadas no satélite, no entanto, têm acesso a todas regalias imagináveis. Essas pessoas escolhem ir para a Lua para viver um sonho e escapar da realidade na Terra.

Essas duas obras, que já figuram entre os trabalhos mais importantes da ficção científica contemporânea, trazem um tom diferente do livro aventureiro “Da Terra à Lua” (1865), de Júlio Verne, ou de “2001 – Uma Odisseia no Espaço”, icônico filme de Kubrick de 1968. O clima de exploração e descoberta diminuiu após a tão almejada conquista do satélite. Os mistérios que esperávamos encontrar ali não se manifestaram no fim das contas.

Mas a ficção científica, perene como é, se reinventa e encontra novos ângulos para retratar um mesmo objeto de interesse. As obras recentes que se passam na Lua tentam mostrar modelos de interação entre os homens e o satélite, agora com uma visão menos otimista. Elas também soam como um alerta de que, talvez, seja melhor deixar a Lua em paz.

 

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Novo ciclo de cinema em SP tem início com debate sobre ‘Matrix’ e Descartes https://scifi.blogfolha.uol.com.br/2019/05/31/novo-ciclo-de-cinema-em-sp-tem-inicio-com-debate-sobre-matrix-e-descartes/ https://scifi.blogfolha.uol.com.br/2019/05/31/novo-ciclo-de-cinema-em-sp-tem-inicio-com-debate-sobre-matrix-e-descartes/#respond Fri, 31 May 2019 17:40:30 +0000 https://scifi.blogfolha.uol.com.br/files/2019/05/ef1c6c390a64cac22eaf30ff9522135bf763a2bdc98df6f4b20a69a1eafd573b_5c3e3a3c9d0e7-320x213.jpg https://scifi.blogfolha.uol.com.br/?p=1415 O curso de cinema e audiovisual da ESPM SP inaugura, no dia 10 de junho (segunda-feira), o Cine Ciência, ciclo de debates sobre as influências da ciência e da filosofia no cinema.

Em sua estreia, o ciclo vai debater as relações entre o pensamento do filósofo francês René Descartes (1650) e o filme “Matrix” (1999), dirigido pelas irmãs Lana e Lilly Wachowski.

O filme é uma distopia cyberpunk, gênero de dentro da ficção científica que mostra um mundo futuro no qual tecnologias avançadas não trouxeram melhoria na qualidade de vida da população, que vive em condições precárias. Na história, o nerd da computação Neo (Keanu Reeves) passa a ter sonhos estranhos que o levam a questionar a realidade, fator que também esteve presente na obra de Descartes.

Efeitos visuais marcantes para a época, uma sequência com dois outros longa-metragens e uma série de desdobramentos em diversos formatos de mídia, tornaram “Matrix” uma das obras de ficção científica mais marcantes de nosso tempo e renovou as discussões filosóficas no cinema de gênero.

O debate, que vai contar com a presença do filósofo Marcos Amatucci, professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Administração da ESPM, e da coordenadora do curso de cinema e audiovisual da instituição, Gisele Jordão, tem entrada gratuita. As vagas, porém, são limitadas e as inscrições podem ser feitas neste link. O evento tem início às 14h.

 

CINE CIÊNCIA ESPM 

QUANDO 10 de junho (segunda-feira), das 14h às 17h

ONDE ESPM SP (rua Dr. Álvaro Alvim, 123, Vila Mariana)

QUANTO Inscrições gratuitas

 

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Conheça filmes e livros de ficção científica que retratam crises políticas https://scifi.blogfolha.uol.com.br/2019/04/03/conheca-filmes-e-livros-de-ficcao-cientifica-que-retratam-crises-politicas/ https://scifi.blogfolha.uol.com.br/2019/04/03/conheca-filmes-e-livros-de-ficcao-cientifica-que-retratam-crises-politicas/#respond Wed, 03 Apr 2019 22:07:12 +0000 https://scifi.blogfolha.uol.com.br/files/2019/04/e05ea42ae6da4d6742ad6f2b1e3879787cc125bb97ab63112b195180bbfdcdb7_5a7e27a6827d3-320x213.jpg https://scifi.blogfolha.uol.com.br/?p=1323 Obras de fantasia são um recurso rico para autores que querem dizer algo de maneira sutil. Na ficção científica, o uso de realidades alternativas e grandes catástrofes dá à narrativa a possibilidade de tratar indiretamente de assuntos que dizem respeito ao nosso mundo real.

Ao longo dos anos esse tipo de ficção vem falando sobre temas que vão muito além da ciência e da tecnologia.

Na seleção abaixo, estão algumas obras nas quais tecnologias avançadas, invasões alienígenas e realidades paralelas são usadas para escancarar crises políticas e sociais.


Pantera Negra

A briga pelo trono de Wakanda, país fictício e ultra-tecnológico da África, fica acirrada após a morte do rei T’Chaka. A instabilidade na qual o país é jogado pode fazer o vibranium, metal fictício do universo de quadrinhos da Marvel, cair em mãos erradas. O metal é o mais procurado da terra e foi usado para fazer o escudo do Capitão América e a roupa do próprio Pantera Negra, encarnado no filme pelo filho de T’Chaka, o príncipe T’Challa.

DIRETOR Ryan Coogler

ANO 2018

ONDE ASSISTIR Google Play Filmes, YouTube Filmes e iTunes

O Fruto do Vosso Ventre

O governo tecnocrata de um país-ilha luta para manter o equilíbrio populacional da nação, que corre risco de desabastecimento de comida e energia. Com medidas absurdas, os burocratas desse governo passam a controlar a vida dos cidadãos nas áreas mais íntimas. O livro foi o vencedor do prêmio Jabuti de melhor romance do ano de 1977.

AUTOR Herberto Sales

EDITORA Civilização Brasileira (atualmente o livro está esgotado, mas é possível encontrá-lo em lojas de livros usados)


V de Vingança

Um governo totalitário se instala na Inglaterra após uma guerra mundial. Nesse cenário distópico, um militante pela liberdade, conhecido apenas como V, abala as estruturas da ordem estabelecida com táticas terroristas e começa a ganhar aliados. Nos protestos de 2013 no Brasil, o personagem do filme foi uma das inspirações dos manifestantes (veja as fotos abaixo).

DIRETOR James McTeigue

ANO 2005

ONDE ASSISTIR Google Play Filmes, YouTube Filmes

Distrito 9

Alienígenas chegam à Terra e se acomodam na África do Sul. A tática do governo é a de segregar, criando espaços separados para humanos e alienígenas. A estratégia, que gera um caos social, faz alusão ao Apartheid, regime de segregação racial que foi implementado na África do Sul e durou dos anos 1940 até a década de 1990.

DIRETOR Neill Blomkamp

ANO 2009

ONDE ASSISTIR Google Play Filmes, YouTube Filmes


O Homem do Castelo Alto

O livro escrito por Philip K. Dick em 1962 mostra uma realidade alternativa, na qual as forças Aliadas (Estados Unidos, União Soviética, Reino Unido e outros) perderam a Segunda Guerra Mundial. Os Estados Unidos são divididos e Alemanha nazista e Japão controlam pedaços do país. O livro foi adaptado para a TV pelo Prime Video (Amazon) e está atualmente em sua terceira temporada.

AUTOR Philip K. Dick

TRADUTOR Fábio Fernandes

EDITORA Aleph

QUANTO R$ 46 (304 págs.)

 

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Ouça playlist com músicas que marcaram a ficção científica https://scifi.blogfolha.uol.com.br/2019/03/11/ouca-playlist-com-musicas-que-marcaram-a-ficcao-cientifica/ https://scifi.blogfolha.uol.com.br/2019/03/11/ouca-playlist-com-musicas-que-marcaram-a-ficcao-cientifica/#respond Mon, 11 Mar 2019 21:05:30 +0000 https://scifi.blogfolha.uol.com.br/files/2019/03/bttf-320x213.jpg https://scifi.blogfolha.uol.com.br/?p=1213 É difícil controlar o frio na espinha que aparece quando soam as primeiras notas da Marcha Imperial, composição de John Williams para servir de tema de Darth Vader em “Guerra nas Estrelas” (1977).

A música tem ajudado a criar a atmosfera perfeita para que o espectador mergulhe nas histórias de ficção científica, intensificando momentos de ação, alegria, ou reflexão.

Composições aventurescas, como o tema de “De volta para o Futuro” (Robert Zemeckis, 1985), fazem o coração dos fãs saltar mesmo que estejam na fila do banco ou dentro do ônibus voltando para casa.

Outras conseguem trazer para a cena do filme a profundidade que o diretor da obra tanto deseja. É o caso de “On The Nature of Daylight”, composição de Max Richter que dá ares meditativos ao filme “A Chegada” (Denis Villeneuve, 2016).

Veja abaixo o vídeo com a música tema de “De volta para o Futuro” em performance da Lisbon Film Orchestra.

O Sci-Fi reuniu em uma playlist alguns dos maiores clássicos musicais que embalaram o gênero ao longo dos anos.

Com obras presentes em filmes mais antigos, como “2001 – Uma Odisseia no Espaço” (Stanley Kubrick, 1968), ou mais recentes, como “Jogador Número 1” (Steven Spielberg, 2018), que tem como compositor de sua trilha sonora o mesmo Alan Silvestri responsável pelas músicas de “De Volta para o Futuro”, a playlist é uma homenagem aos artistas e um lembrete aos fãs de que seus personagens e histórias queridas vivem também fora das telas.

Confira a seleção completa abaixo.

Sentiu falta de alguma música? Envie suas sugestões nos comentários que a playlist será constantemente atualizada.

 

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Escolas de samba de SP levam ficção científica para desfiles; veja imagens https://scifi.blogfolha.uol.com.br/2019/03/06/escolas-de-samba-de-sp-levam-ficcao-cientifica-para-desfiles-veja-imagens/ https://scifi.blogfolha.uol.com.br/2019/03/06/escolas-de-samba-de-sp-levam-ficcao-cientifica-para-desfiles-veja-imagens/#respond Wed, 06 Mar 2019 14:58:54 +0000 https://scifi.blogfolha.uol.com.br/files/2019/03/53668466_1869323239839854_8325376099898884096_o-e1551882562174-300x175.jpg https://scifi.blogfolha.uol.com.br/?p=1184 Chewbacca e Marty McFly dividiram a avenida no carnaval de São Paulo deste ano.

Duas escolas de samba do grupo especial da cidade levaram carros alegóricos e fantasias inspiradas em clássicos sci-fi como “2001 – Uma Odisseia no Espaço” (1968), “Guerra nas Estrelas” (1977) e “De Volta para o Futuro” (1985), para seus desfiles.

A Dragões da Real conseguiu o segundo lugar na competição com um enredo sobre o tempo. A comissão de frente trazia uma performance inspirada nas cenas de abertura de “2001”, marcando o nascimento da humanidade e, consequentemente, do momento em que os humanos passam a ser “escravos da hora”.

Mas a surpresa veio com o carro alegórico “Viajando no Tempo”, que colocou um DeLorean na avenida. O modelo de carro fabricado entre 1978 e 1982 ficou eternizado no cinema ao ser usado como máquina do tempo em “De Volta para o Futuro”.

A réplica estava acompanhada de personagens do filme e se movimentava em cima do carro alegórico, que trazia em sua frente um Einstein gigante, cientista responsável pela teoria da relatividade (aquela que diz que o tempo pode passar de maneira diferente para pessoas e objetos que se movimentam em velocidades diferentes).

Réplica do DeLorean usado no filme “De Volta para o Futuro” no desfile da Dragões da Real de 2019 (foto: reprodução)

No alto do veículo, Marty McFly e Doc Brown entoaram os versos do samba-enredo: “Desvendar o futuro que virá / Viajar no passado e aprender / O presente mudar / Tudo pode acontecer”. A letra ilustra bem a confusão temporal que se passa na história do filme (veja aqui o vídeo do desfile completo).

Desfile da Dragões de Real de 2019 com os personagens de “De Volta para o Futuro” em carro alegórico (foto: reprodução)

Outra escola que usou a ficção científica para animar o público em seu desfile foi a Império de Casa Verde, que ficou com o quinto lugar neste ano.

Imagem de divulgação do desfile da escola de samba Império de Casa Verde, inspirado em “Guerra nas Estrelas” (foto: divulgação)

Com o tema “O Império Contra-Ataca”, a escola fez uma homenagem a clássicos da história do cinema e construiu um carro dedicado inteiramente à saga “Guerra nas Estrelas”. Sobre o veículo, representações de personagens icônicos dos filmes, como Darth Vader e Chewbacca, dançaram juntos ao som do samba-enredo (veja o vídeo abaixo).

Veja o desfile completo da Império de Casa Verde aqui.

 

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Não vi o filme ser vendido por aí como tal, mas há cientistas, há invenções e há a palavra ornitólogo –não consigo não classificar como uma obra sci-fi. E é um exemplar dos bons, do tipo que usa a especulação de realidades alternativas ou do futuro para fazer uma crítica da sociedade atual.

A história é a seguinte: o mundo está sendo tomado por uma epidemia de medo, um medo crônico que faz as pessoas se encolherem até virarem pedra. Acredita-se que os pássaros sejam os responsáveis por espalhar a doença, principalmente as odiadas pombas.

É aí que entra Tito, filho de um cientista que está estudando uma forma de resolver a situação usando a ajuda das próprias aves.

O medo disseminado, que paralisa e cega as pessoas, é o principal obstáculo que a sociedade retratada na narrativa deve superar. O pai de Tito, Dr. Rufus, alerta o filho ainda no início do filme: “O medo pega pelas ideias”.

Com o desenrolar da história, fica claro a quem serve espalhar o medo nessa sociedade e quão rentável ele pode ser. Estimular o temor através de notícias falsas e reprodução de discurso pode ser uma ferramenta de controle mais poderosa e sutil do que a repressão que vemos em livros como “1984”, do britânico George Orwell, ou “Nós”, do russo Yevgeny Zamyatin.

“Tito”, que é dirigido pelos brasileiros Gabriel Bitar, André Catoto e Gustavo Steinberg,  leva essa reflexão para as salas de cinema, ao mostrar um jornalista sensacionalista e oportunista que usa sua influência para amedrontar as pessoas e fazer mais dinheiro com isso.

De um jeito bem brasileiro, e com vozes de Denise Fraga e Matheus Nachtergaele, o filme acaba por mostrar que é possível voltar um pouco no tempo e atenuar alguns dos males que a rápida ascensão das tecnologias de informação causaram na humanidade.

 

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Livro de pesquisador sobre história da ficção científica ganha audiobook https://scifi.blogfolha.uol.com.br/2019/02/04/livro-de-pesquisador-sobre-historia-da-ficcao-cientifica-ganha-audiobook/ https://scifi.blogfolha.uol.com.br/2019/02/04/livro-de-pesquisador-sobre-historia-da-ficcao-cientifica-ganha-audiobook/#respond Mon, 04 Feb 2019 20:26:24 +0000 https://scifi.blogfolha.uol.com.br/files/2019/02/MV5BMTcyNTIxNzEwM15BMl5BanBnXkFtZTgwODY1MTEwMzE@._V1_-295x200.jpg https://scifi.blogfolha.uol.com.br/?p=1100 Um dos livros mais completos já lançados sobre a história da ficção especulativa, “A Verdadeira História da Ficção Científica”, do pesquisador britânico Adam Roberts, agora pode também ser consultado em formato audiobook. A nova versão da obra acaba de chegar à plataforma Ubook.

O livro impresso, publicado no Brasil pela editora Seoman em 2018, já é reconhecido como importante fonte de pesquisa para estudiosos e apreciadores da ficção científica.

Na obra, Roberts defende, por exemplo, que o gênero teria nascido com a Reforma Protestante, no século 16. A liberdade para a pesquisa científica e uma nova visão do universo teriam sido alguns dos motores para o surgimento da área, segundo o autor.

O volume em papel, que tem mais de 700 páginas e custa R$ 75, foi transformado em um áudio de quase 35 horas.

Para ouvir a obra, é necessário ser assinante da plataforma, que cobra a mensalidade de R$ 29,90.

Capa do livro "A Verdadeira História da Ficção Científica", do britânico Adam Roberts
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Principal escritor chinês de ficção científica chega aos cinemas; veja trailer https://scifi.blogfolha.uol.com.br/2019/01/31/principal-escritor-chines-de-ficcao-cientifica-chega-aos-cinemas-veja-trailer/ https://scifi.blogfolha.uol.com.br/2019/01/31/principal-escritor-chines-de-ficcao-cientifica-chega-aos-cinemas-veja-trailer/#respond Thu, 31 Jan 2019 20:12:49 +0000 https://scifi.blogfolha.uol.com.br/files/2019/01/MV5BNzE2YjIyMzItZmZiYS00N2Q2LWI2OTktZTBkNDdiNWQ4OTYwXkEyXkFqcGdeQXVyMjI2NDY1MjQ@._V1_SY1000_CR0017761000_AL_-300x169.jpg https://scifi.blogfolha.uol.com.br/?p=1044 Precisamos falar sobre a ficção científica chinesa. Os investimentos em educação e tecnologia que o país asiático tem feito há anos está causando uma explosão na produção literária dentro do gênero por ali.

Agora, o principal autor sci-fi chinês da atualidade teve um conto adaptado para o cinema e a obra promete ser uma das principais realizações cinematográficas do país nos últimos anos.

“The Wandering Earth” (a terra nômade), baseado no conto homônimo –fortemente recomendado–, mostra o potencial criativo de Cixin, que também é engenheiro.

A história é ambientada em um futuro distante, quando o sol começa a entrar em colapso e se tornar uma gigante vermelha. Sabemos hoje que o sol produz sua energia a partir da fusão nuclear de hidrogênio. Com o fim do estoque desse elemento químico dentro da estrela, o processo passa a acontecer nas camadas mais externas do astro e seu diâmetro aumenta, o que pode causar desequilíbrio nas órbitas dos planetas ao redor. Os planetas com menos sorte podem ser engolidos nessa brincadeira.

É desse material que nasce a história de “Wandering Earth” e a solução apontada por Cixin é um dos ápices da inventividade do escritor. Uma série de engrenagens imensas, instaladas para regularizar o movimento de rotação da terra que já vinha apresentando falhas, vai ser usada para fazer o planeta sair voando por aí até achar um lugar mais agradável no espaço.

O trailer do filme não decepciona (veja abaixo).

A história que inspira o roteiro de “The Wandering Earth” está publicada na primeira coletânea de contos de Cixin lançada em inglês, que tem o mesmo título, com tradução do escritor Ken Liu.

No Brasil, já existem duas obras do autor traduzidas para o português. “O Problema dos Três Corpos” e “A Floresta Sombria” são os dois primeiros volumes de um trilogia sobre contato com inteligência alienígena. Neste ano, a editora Suma de Letras deve publicar o terceiro livro da série, “O Fim da Morte”.

A elogiada tradução para o inglês de “Três Corpos”, feita por Ken Liu, ganhou o prêmio Hugo de 2015 de melhor romance.

Cixin, que é o produtor-executivo do filme, disse à agência de notícias chinesa Xinhua que a indústria da ficção científica é como o barômetro da força de um país, e que os filmes sci-fi precisam do apoio de uma economia forte que permite a astronautas transformarem a ficção em realidade.

O filme terá sua estreia na China no dia 5 de fevereiro, data do ano novo chinês. No dia 8 do mesmo mês, o filme chega aos Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia. Não há previsão de estreia no Brasil.

Em uma entrevista para a Xinhua, o diretor Frant Gwo disse que se a bilheteria for um sucesso, é provável que seja filmada uma sequência.

 

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Enquanto as naves espaciais não ficam acessíveis para todos, os “trekkers” —fãs do universo criado pela série— que embarcam na viagem participam de festas temáticas e encontros com atores que fizeram sucesso no programa.

Neste ano, o evento aconteceu entre os dias 4 e 10 de janeiro. Os atores Wil Weathon (“Star Trek: The Next Generation”) e Jason Isaacs, britânico que interpretou o capitão Gabriel Lorca na primeira temporada de “Star Trek: Discovery”, atualmente disponível na Netflix, participaram de sessões com o público.

Para o próximo cruzeiro, em março de 2020, está prevista a participação da atriz Kate Mulgrew, que capitaneou uma nave da Frota Estelar em “Star Trek: Voyager” (e foi a cozinheira barra pesada Red em “Orange Is the New Black”). William Shatner, o eterno capitão Kirk, também deve aparecer por ali.

Veja abaixo o vídeo que apresenta o cruzeiro.

Os preços para fazer a viagem marítima (ou espacial, se a imaginação permitir), começam em US$ 1.600 (R$ 6.050). O roteiro para a próxima viagem vai passar por Miami, Punta Cana (República Dominicana), San Juan (Porto Rico), ilha de São Tomás e pelas Bahamas.

Como nem todo mundo tem esse dinheiro todo para viver a fantasia, vale lembrar que “Star Trek: Discovery“, a mais recente produção desse universo fictício, acabou de ter sua segunda temporada lançada na Netflix.

 

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Biblioteca de ficção científica guarda mais de 1.200 livros em Ribeirão Preto https://scifi.blogfolha.uol.com.br/2019/01/21/biblioteca-de-ficcao-cientifica-guarda-mais-de-1-200-livros-em-ribeirao-preto/ https://scifi.blogfolha.uol.com.br/2019/01/21/biblioteca-de-ficcao-cientifica-guarda-mais-de-1-200-livros-em-ribeirao-preto/#respond Mon, 21 Jan 2019 19:41:09 +0000 https://scifi.blogfolha.uol.com.br/files/2019/01/14409403_638077863034104_44361853559358661_o-e1548093141525-300x200.jpg https://scifi.blogfolha.uol.com.br/?p=998 O Departamento de Física da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP), cidade a 320 km de São Paulo, guarda um acervo de mais de 1.200 livros de literatura de ficção científica e divulgação de ciência em um de seus prédios.

A Biblioteca Roberto C. Nascimento, localizada dentro de um laboratório do departamento, foi criada em 2013.

Segundo o diretor da biblioteca, o físico e professor da USP Osame Kinouchi, o acervo começou com os cerca de 400 livros que pertenciam ao Clube de Leitores de Ficção Científica (CLFC). Graças a doações da comunidade acadêmica e de entusiastas da literatura sci-fi, mais volumes foram acrescentados à coleção.

Hoje, qualquer pessoa pode fazer o empréstimo de livros que vão desde clássicos brasileiros do gênero, como “A Filha do Inca”, de Menotti del Picchia, publicado originalmente em 1930 com o título “A República 3000”, até edições mais recentes lançadas no país.

Estão disponíveis ainda cerca de 500 livros da Colecção Argonautas, que publicou autores como Philip K. Dick, Robert A. Heinlein e Ursula K. Le Guin em língua portuguesa entre os anos 1950 e 2000.

Estantes da biblioteca de ficção científica Roberto C. Nascimento, em Ribeirão Preto (foto: divulgação/Osame Kinouchi)
Estantes da biblioteca de ficção científica Roberto C. Nascimento, em Ribeirão Preto (foto: divulgação/Osame Kinouchi)

“Nossa intenção é preservar e conhecer mais da história da ficção científica no Brasil”, diz Kinouchi, que também coordena o Laboratório de Divulgação Científica e Cientometria da USP.

A biblioteca aceita permanentemente doações. Os interessados de qualquer parte do país podem entrar em contato com a instituição pelo email bibliotecarcn@gmail.com.

Um dos melhores momentos para conhecer o acervo é durante o cineclube CineCiência, sessão de cinema promovida semanalmente no Departamento de Física da USP de Ribeirão Preto, quando fãs do gênero se reúnem para discutir as obras e trocar experiências.

 

BIBLIOTECA ROBERTO C. NASCIMENTO

ONDE Bloco 5 do Departamento de Física da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) – Av. dos Bandeirantes, 3900, Monte Alegre, Ribeirão Preto (SP)

QUANDO Seg. e ter., das 14h30 às 18h30; qui., das 17h às 18h30.

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