O clássico sci-fi “2001” uniu efeitos especiais inéditos para a época e pesquisa extensa sobre o futuro tecnológico. O roteiro foi escrito pelo diretor em parceria com o escritor Arthur Clarke, um dos mais conhecidos autores do gênero.

Sob a regência de seu maestro titular Roberto Minczuk, a orquestra vai tocar peças icônicas presentes no filme, como “Assim Falou Zaratustra”, de Richard Strauss, “Danúbio Azul”, de Johann Strauss Jr., e “Atmosphères”, de György Ligeti. Trechos dos filmes serão exibidos durante o espetáculo.

O concerto será realizado no Theatro Municipal de São Paulo e vai contar ainda com a participação do Coro Lírico Municipal. O evento faz parte das comemorações do aniversário da cidade, comemorado em 25 de janeiro. Os ingressos custam R$ 2.

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CINEMA EM CONCERTO – KUBRICK

QUANDO 26/1, às 20h; 27/1, às 17h

ONDE Theatro Municipal de São Paulo (Praça Ramos De Azevedo, s/n – República)

QUANTO R$ 2 (ingressos disponíveis na bilheteria do teatro ou no site theatromunicipal.org.br)

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Série de vídeos explora relações entre ficção científica, história e ciência

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No vídeo, o diretor David Slade, o roteirista Charlie Brooker e a produtora Annabel Jones contam como foi criar a história que pode ser controlada pelo espectador.

O filme é um desdobramento da série antológica de ficção científica “Black Mirror” (2011), que explora a influência das tecnologias na sociedade, no presente e no futuro.

“Bandersnatch”, porém, visita o passado e conta a história de um programador de jogos que, em 1984, deseja criar um game no qual o jogador deve decidir o destino do personagem principal –como acontece com quem assiste ao filme.

É possível escolher entre duas opções na tela durante diversos momentos do filme, cada uma leva o personagem para um rumo diferente.

A quinta temporada de “Black Mirror” deve chegar à Netflix ainda em 2019.

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Filmes curtos são o principal foco do projeto, que faz curadoria de conteúdo pronto para ser acrescentado ao canal e ainda produz peças originais.

A maioria das obras explora temas como o futuro e as implicações do uso da tecnologia.

O curta-metragem “Rise” (2016), do diretor David Karlak, que tem no elenco os atores Anton Yelchin (“Star Trek”) e Rufus Sewell (“The Man in the High Castle”), conta o início de uma guerra entre humanos e robôs dotados de inteligência artificial (veja abaixo). O filme já tem quase 700 mil visualizações.

Outros temas também estão nas obras do catálogo da plataforma. Na série de animação “Afrofuturism”, por exemplo, a representatividade dos negros na ficção científica é revista e analisada.

Animações, aliás, estão entre os vídeos mais atraentes da Dust, que possui filmes de comédia, drama, terror e ação. As obras, porém, ainda não possuem legendas em português.

A série “Automata” (veja o trailer abaixo) é uma das produções mais recentes depositadas na plataforma. A história mostra a convivência turbulenta entre robôs sencientes e humanos na Nova York dos anos 1930. O programa, dirigido pelo jovem cineasta americano Van Alan, contou com financiamento coletivo para ser filmado.

O esforço da Dust em mostrar a diversidade da ficção científica parece ter alcançado sucesso, e os números mostram isso: alguns vídeos da plataforma já superaram 1 milhão de visualizações.  O canal tem novas produções disponíveis semanalmente.

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As hipóteses de Hawking, porém, chegam até o campo da ficção ao inspirar enredos que usam conceitos de suas teorias para guiar romances, dramas e aventuras nas telas e nos livros.

Buracos negros, regiões do espaço onde a força gravitacional seria tão grande que nada conseguiria escapar delas, ocuparam a maior parte de suas pesquisas.

Não é difícil imaginar a tensão que esse elemento acrescenta a uma narrativa, com a tripulação de uma nave espacial lutando para fugir de uma área dessas.

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Buracos de minhoca, túneis hipotéticos formados por buracos negros que seriam atalhos capazes de ligar dois lugares distantes no espaço — em um esquema que, simplificando, suga um objeto de um lado com a força gravitacional e o expele de outro lado — também foram estudados pelo cientista.

Veja abaixo uma seleção de obras que podem ajudar a entender um pouco dos conceitos mais marcantes do trabalho de Stephen Hawking.

*

Contato (1997)

O filme é inspirado no romance homônimo de Carl Sagan, astrônomo que também teve importante papel na divulgação científica. Na adaptação, dirigida por Robert Zameckis (“De Volta Para o Futuro”), acompanhamos a jornada da cientista Ellie Arroway na defesa por sua pesquisa de busca por vida extraterrestre. Os buracos de minhoca se apresentam como a solução capaz de promover o contato entre civilizações distantes umas das outras.

CONTATO (1997)

DIREÇÃO: Robert Zameckis

ELENCO: Jodie Foster, Matthew McConaughey e Tom Skerritt

PRODUÇÃO: Estados Unidos

ONDE ASSISTIR: Disponivel no Google Play

Star Trek (2009)

No filme dirigido por J. J. Abrams (Star Wars: O Despertar da Força), desdobramento da série clássica de televisão dos anos 1960, um composto chamado de “matéria vermelha” pode criar um buraco negro artificial. É esse elemento que a frota estelar usa para defender os integrantes da Federação Unida dos Planetas da ameaça representada pelos romulanos, alienígenas hostis à organização.

STAR TREK (2009)

DIREÇÃO: J. J. Abrams

ELENCO: Chris Pine, Zachary Quinto e Zoë Saldaña

PRODUÇÃO: Estados Unidos

ONDE ASSISTIR: Disponivel no Google Play, Net Now, Netflix e Amazon Prime

Interestelar (2014)

No futuro da Terra, quando os recursos naturais estão próximos do fim, uma equipe de cientistas viaja por buracos de minhoca pelo universo para encontrar uma nova casa para a humanidade. O filme tem a direção de Christopher Nolan (“Dunkirk”).

INTERESTELAR (2014)

DIREÇÃO: Christopher Nolan

ELENCO: Matthew McConaughey, Anne Hathaway e Jessica Chastain

PRODUÇÃO: Estados Unidos e Inglaterra

ONDE ASSISTIR: Disponivel no Google Play

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Mulheres dominam expedição a área misteriosa em ‘Aniquilação’

Empresa cria traje inteligente igual ao usado no filme ‘Jogador Nº 1’

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O filme baseado no livro, que leva o mesmo nome, foi lançado nos cinemas dos Estados Unidos, Canadá e China no fim de fevereiro. No Brasil, foi lançado nesta segunda-feira (12) pela Netflix.

O filme traz um pouco da ciência estranha que mora na cabeça de VanderMeer. A ideia, diz ele, surgiu durante um sonho. Pela manhã, personagens e enredo estavam praticamente consolidados.

A atriz Natalie Portman vive a protagonista da história, uma bióloga que participa de uma expedição com outras três cientistas para um lugar isolado, onde a natureza começou a seguir regras incomuns. Quem ler o livro, porém, vai encontrar uma história um pouco diferente da retratada nas telas.

Conhecida como a Área X, a região está sob o domínio de uma agência secreta há trinta anos.

Em expedições enviadas para determinar o que causava os fenômenos estranhos ali, a organização experimentou diferentes combinações de gênero e especialidades científicas ao escolher esses grupo.

Nenhum, no entanto, soube solucionar o problema e trazer uma explicação plausível para os fenômenos da Área X.

Apesar do ar puro e da natureza deslumbrante que o lugar exibe, há violência e mistério por todo lado. Enquanto isso, o mundo do lado de fora segue cada vez mais sujo, cansado e imperfeito.

O grupo que acompanhamos em “Aniquilação” é o 12º e conta somente com mulheres. Para o autor, a escolha de protagonistas mulheres foi também uma declaração, já que muitas vezes elas têm papel apenas simbólico em histórias do gênero.

“As personagens vieram à minha mente assim e eu não teria deixado dessa forma se não me parecesse correto e orgânico”, disse.

ADAPTAÇÃO

O filme disponível na Netflix, que tem a direção e roteiro do britânico Alex Garland (“Ex Machina”), é uma adaptação livre.

“Levei muito tempo para tirar o livro da minha cabeça enquanto assistia o filme. Ele compartilha o mesmo DNA com os livros, mas existem algumas traduções, como o uso de um animal em vez de outro porque no filme faz mais sentido”, disse.

VanderMeer conta ainda que não teve nenhum controle ou participação na adaptação. O mesmo, segundo ele, não deve se repetir na filmagem de outras obras suas.

Seu novo romance, “Hummingbird Salamander”, ainda não publicado, já teve os direitos de filmagem comprados pela Netflix.

A próxima obra do escritor a chegar ao Brasil deve ser “Borne” (transportado, em português) e se passa em um mundo distópico. A editora Intrínseca prepara uma edição em português do livro, mas ele ainda não tem data de lançamento.

Apesar da fama de escritor de ficção científica que ganhou mundo afora, VanderMeer diz que prefere ser chamado apenas de escritor.

“Nunca escolhi [escrever ficção científica] e nunca pensei sobre as divisões entre os gêneros [literários]”, afirmou.

ANIQUILAÇÃO (livro)
AUTOR Jeff VanderMeer
TRADUÇÃO Bráulio Tavares
EDITORA Intrínseca
QUANTO R$ 39,90 (200 págs)

ANIQUILAÇÃO (filme)
(Annihilation)
DIREÇÃO Alex Garland
ELENCO Natalie Portman, Benedict Wong, Sonoya Mizuno, Oscar Isaac, Jennifer Jason Leigh
PRODUÇÃO Reino Unido/EUA, 2018. 16 anos
QUANDO a partir de 12/3 na Netflix

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O blog terá também um espaço de entrevistas com autores brasileiros e estrangeiros, cobertura dos principais prêmios literários para o gênero e pautas que cruzam conhecimento científico e literatura de ficção.

As relações entre história e ficção científica e os desdobramentos dessas obras no pensamento e na educação para a carreira em ciência também estarão contemplados.

A página é assinada por Everton Lopes Batista, jornalista desde 2016 na Folha, onde participou do 60º Programa de Treinamento em Jornalismo Diário e, atualmente, é repórter da editoria de Seminários.